O fatalismo é uma maneira de transformar o provável em inevitável.
Não caia nessa!
Confúcio nos ensinou quinhentos anos antes de Jesus nascer: quando é óbvio que os objetivos não podem ser alcançados, não ajuste as metas, ajuste as etapas da ação.
Eventos futuros não permitem o império do óbvio.
Porque o presente é o amanhã em construção hoje.
Por isso, não deixe de fazer o que precisa ser feito, lutar, este sim é o óbvio.
Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?
O alemão Bertolt Brecht sabia o que dizia. Teve de deixar seu país depois da eleição de Hitler, em 1933.
Outro revolucionário do nosso tempo, que também não voltou para casa depois da ascensão do nazismo, foi o alemão-judeu Albert Einstein, que ao combater a corrida armamentista anos depois, reconheceu: tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.
Outro opositor do totalitarismo foi o escritor inglês-indiano George Orwell. Chocado com a capacidade do ser humano de deixar de pensar, ele disse: descemos a um ponto tal, que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes
No contexto da guerra fria, Alan Watts, escritor e filósofo inglês, radicado nos Estados Unidos lembrou com singeleza que: o sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio.
Mas afinal, lembra Khalil Gibran: o óbvio é aquilo que ninguém enxerga, até que alguém o expresse com simplicidade.
Mesmo assim, assinala Clarice Lispector: O óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar.
Portanto, minha gente, esta é a hora sublime da gente levantar a cabeça e repetir quantas vezes forem necessárias, mesmo que nos pareça tão óbvio.