Boletins de Ocorrência das polícias Civil e Militar do Estado do Ceará rebatem matéria da revista IstoÉ, em que ela informa que um avião Cirrus Design SR 22 Prefixo PR-COR da construtora CLC levou R$ 6 milhões para um candidato a deputado do Maranhão, a pedido do ex-presidente Lula, quando na verdade tratava-se apenas de visita a obra da CE 467 em Crateús, que era o destino do voo.
Os registros descartam a existência de qualquer quantia em dinheiro no avião da construtora, que realizou um pouso de emergência em um antigo campo de aviação no município de Boa Viagem no último dia 14 de setembro, a cerca de 350 quilômetros de Mossoró.
Logo após o pouso de emergência, a aeronave foi vistoriada por policiais militares e por agentes da Polícia Civil, que não constataram a existência de dinheiro ou qualquer outro material motivo de ilicitude.
O Boletim de Ocorrência n° 428 – 1559/2018, assinado pela delegada Flavia Carolina Monteiro Fonseca, informa o acidente ocorrido e destaca “que não teve nenhuma vítima, nem foi observado qualquer tipo de crime”, sendo a natureza do fato “não delituosa”.
Já o Relatório de Ocorrência Policial n° 471/2018, assinado pelo Tenente Jerônimo Pereira dos Santos, da 4ª Companhia do 4° Batalhão Policial Militar, também de 14 de setembro, reforça que “não foi constatado nenhum indício de fato de caráter delituoso atinente a ocorrência”.
Em entrevista, o Tenente Jerônimo Pereira dos Santos, que coordenou o policiamento que fez a vistoria no local do acidente com a aeronave, assegurou não existir informação sobre a existência de dinheiro no avião. “Posso garantir, posso declarar que essa informação não chegou ao nosso conhecimento, nem ao conhecimento do comando da companhia.”, declarou.
A CLC informou que entrou com pedido de retratação pela IstoÉ e que adotará as medidas cabíveis para reparar os danos causados pelas “notícias falsas” publicadas pela revista.