O empate com Marrocos, em Kaliningrado, e o vacilo no fim de Portugal contra o Irã, em Saransk, garantiram aos espanhóis, nesta segunda-feira (25), a classificação como líderes do Grupo B da Copa do Mundo da Rússia.
Dessa forma, a Espanha escapou de enfrentar o bicampeão Uruguai nas oitavas –jogará contra a Rússia– e poderá não ter nenhuma seleção campeã mundial em seu caminho até a final do torneio.
Do outro lado da chave, se forem mantidas as posições do fim da segunda rodada, se juntarão ao Uruguai (que ficou com o primeiro lugar do Grupo A) França, Brasil, Alemanha e Inglaterra. O grupo ainda pode ter o acréscimo da bicampeã Argentina, que tenta se classificar nesta terça (26).
Somando todas essas campeãs, podem ser 15 títulos de um lado do mata-mata da Copa, ante apenas um do outro. Usando como critério o número de campeões em cada lado, esse seria o maior desequilíbrio dos últimos 20 anos.
Nesse período, o torneio viu França e Espanha entrarem para a lista de campeões.
Em 2006, na Alemanha, houve o maior equilíbrio na divisão de classificadas para o mata-mata. De um lado da chave, estavam a anfitriã, a Argentina e a Itália. Brasil, Inglaterra e França ficaram na outra metade. Na final, os italianos venceram os franceses na disputa de pênaltis.
No último Mundial, a Argentina teve o caminho livre de seleções campeãs. No mata-mata, enfrentou Suíça, Bélgica e Holanda, até a decisão com a Alemanha. Já os alemães superaram a Argélia e as campeãs França e Brasil antes de bater a Argentina para conquistar o tetracampeonato.
Nesta segunda, a Espanha sofreu bastante contra Marrocos para garantir sua classificação às oitavas de final da Copa do Mundo.
O outro jogo do Grupo B, empate em 1 a 1 entre Portugal e Irã, ficou marcado pela quebra de um recorde. Com os dois pênaltis apontados pelo árbitro paraguaio Enrique Cáceres (um para cada time), o Mundial da Rússia chegou a 20 penalidades, a maior quantidade no torneio se consideradas as Copas disputadas por 32 seleções em 64 partidas.
O recorde anterior era das edições de 1998 e 2002, com 18 pênaltis cada uma, contabilizada toda a competição.
O VAR (sistema de árbitro de vídeo) ajudou na quebra do recorde. Oito pênaltis deste Mundial foram assinalados com a ajuda da tecnologia e apenas um foi desmarcado –em Neymar, no jogo do Brasil contra a Costa Rica.