O ex-ministro Antonio Palocci tem oscilado em relação a Lula. Embora tenha preservado o ex-presidente em seu depoimento ao juiz Sergio Moro, na semana passada, ele já estaria convencido de que dificilmente fechará uma delação premiada sem envolver diretamente o ex-presidente.
Palocci só preservou Lula no depoimento da semana passada “a duras penas”, segundo uma pessoa de seu círculo próximo.
O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) quer disputar uma vaga ao Senado em 2018. E vê uma vantagem competitiva: dois virtuais concorrentes –Marta Suplicy (PMDB-SP) e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) – foram citados nas delações da empreiteira Odebrecht.
O mesmo espírito voltou a animar o PT a lançar candidatos ao Senado no próximo ano em SP. Embora atingido pelas delações, o partido acha que agora pelo menos a disputa se reequilibra, já que os adversários também foram atingidos pelos estilhaços da empreiteira.
E o chanceler Aloysio Nunes cancelou na semana passada um encontro com jornalistas de veículos internacionais. O compromisso, na quarta (19), estava agendado desde o começo do mês. Na mesma manhã, ele recebeu o diretor brasileiro da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Leone Vianna, e a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).
O cancelamento causou estranheza e levantou entre alguns correspondentes a desconfiança de que poderia estar relacionado ao fato de o chanceler ter sido citado em delações da Odebrecht. O encontro, no entanto, será remarcado pelo Ministério das Relações Exteriores.
Folha de S. Paulo