Nossa pequena entrevista do Conexão cultural de hoje é com mais um jovem mossoroense de muito talento, por várias vezes destaque no município, juntamente com a C&A Cultural Lume da Fogueira bem como outros trabalhos que participou na nossa capital da cultura no oeste potiguar. Todo esse destaque lhe garantiu um passaporte para vôos mais altos e audaciosos, hoje ele brilha na capital do estado na linha de frente do Arraial Coração Nordestino, umas das potencias juninas do nosso estado nos palcos juninos do país.
COLUNISTA EV – Obrigado Abraão Morais por aceitar essa nossa pequena conversa na coluna Culturando pelo Oeste, nosso principal objetivo é deixar o público que faz cultura por dentro de tudo que acontece na cultura do nosso oeste potiguar. Agora nos conte, como se deu a sua ida para o Arraiá Coração Nordestino?
ABRAÃO MORAIS – Primeiramente eu que agradeço Emmanoel, é muito bom estar aqui com vocês e poder participar desse mais novo canal para a cultura do nosso estado, na verdade eu sempre tive vontade de fazer uma quadrilha fora, para ver como seria essa experiência de sair da minha zona de conforto, acompanhei por muitos anos alguns ensaios da Ceará Junino e via que lá há uma particularidade que é deles, e percebi que eu poderia dali também extrair algo. Quando resolvi sair da Lume, pois eu sair antes da decisão de acabar, eu pensei muito em parar, em viver mais outras coisas e me dedicar ao grupo de dança da cidade ao qual faço parte. Em um festival que dançamos percebi um grupo da Coração Nordestino torcendo por nós (lume) e isso me despertou um grande afeto por eles, pois ali estava um grupo que saiu da sua cidade para outra para torcer pela LUME e dias depois soube que a coração nordestino voltaria em 2018 e buscava uma nova cara para o grupo que faria 20 anos de história. Então despertou-se a vontade de ambas as partes, tanto a minha de ir quanto a deles de me levar (rsrsrs), aí ficou mais fácil. Tive medo, mesmo com a sede de tentar algo novo, pois eu sempre me desafiei, mais fui ao encontro de pessoas que poderiam me ajudar na decisão final. Adriano Duarte meu grande companheiro foi o primeiro a dizer “vá você precisa voar e buscar novas experiências”. Liana também me incentivou muito e me fez ver que o novo dá medo, mas se faz necessário. Já a minha coreógrafa Roberta Schumara disse que eu fosse buscar o conhecimento fora para que eu percebesse que estar longe nos dar vontade de ir mais longe ainda, e por fim mais da metade dos meus componentes da LUME me incentivaram e diziam que estariam comigo nessa, juntos. Então cheguei a coração, um grupo muito forte que não mede esforço para conseguir o que deseja. Lugar onde estou podendo me permitir a coisas novas que levarei para a vida toda. Um grupo que acolhe, que ajuda um ao outro, que se une, cheguei espantado pois muitos diziam que a CORAÇÃO NORDESTINO era um grupo difícil de se lidar e cheios de costumes, discordo perante o que vejo, pois o grupo até então vem sendo muito recíproco e atento às novas ideias que vamos desenvolvendo, isso todos juntos. Hoje eu discordo de quem fala isso deles, ou melhor de nós, pois a quadrilha me surpreende a cada ensaio.
COLUNISTA EV – Você está se sentindo à vontade? Como está sendo essa questão?
ABRAÃO MORAIS – Sim! aqui eles me deixam muito à vontade, a primeira coisa que o presidente Flavio Henrique disse foi, Ouse. A Coração precisa de uma identidade nova, e isso vem acontecendo, o grupo é muito atento a tudo, como falei os componentes daqui são diferentes, eles não medem esforços pra nada. Podem até dizer que não eram assim, se não eram hoje são, e fico muito feliz em saber que o grupo está evoluindo a cada encontro. Aqui estou podendo tirar da minha caixinha de ideias (kkkkkkkk) algumas coisas que eu tinha guardado e que tinha medo de fazer, eles me deixam muito a vontade pra fazer o que tenho em mente, muitos deles até me ajudam nas montagens de coreografias, eu nunca faço nada só, nunca fiz, gosto muito de contar com a participação de quem vai executar minhas loucuras. Eles se sentem mais felizes ao realizar algo que eles também contribuíram a criar.
COLUNISTA EV – Abraão nos fale sobre os desafios, como está sendo?
ABRAÃO MORAIS – tirando as idas e vindas, e as várias horas de estradas que cansa muito, mas eu gosto, às vezes venho com Adriano Duarte aí as viagens se torna lazer (kkkkkkkkkkkkk), por fim, resumo em “NÃO É FÁCIL SER CORAÇÃO NORDESTINO, MAIS É PRAZEROSO”. Está sendo um desafio gigante, mas gosto de fazer. Hoje posso dizer que ESSE ARRAIAL É MEU ESSE ARRAIAL É MEU…
COLUNISTA EV – E as expectativas, o que podemos esperar da Coração em 2018?
ABRAÃO MORAIS – Bom, quem me conhece sabe que expectativas é uma palavra que não existe para mim, só posso dizer que não esperem nada de mais da CORAÇÃO, a gente vem simples, com um trabalho diferente e muito bacana. Nossa meta é apenas sair do papel e pôr em prática os sonhos de uma história de 20 anos. Vamos vir simples porem dignos de uma BODAS DE PORCELANA já que iremos realizar mais um casamento de uma Maria.
A nossa Coluna deseja todo sucesso do mundo a essa pessoa querida, divertida e especial, muito brilho e muita luz na sua vida meu querido, e que a coração consiga se sair da melhor maneira possível nos Arraiás do nosso amado e glorioso São João.