Geisa Aguiar, de 19 anos, foi morta com faca enferrujada, segundo a PM
A jovem Geisa Oliveira Aguiar, de 19 anos, foi morta com 13 facadas na manhã desta sexta-feira (13), no bairro Remanso, em Cruzeiro do Sul. O namorado dela, de 15 anos, se entregou à polícia e confessou o crime.
Segundo a Polícia Militar (PM-AC), o menor usou uma faca enferrujada e com o cabo quebrado. Um dos golpes atingiu a garganta da vítima.
A mãe dele disse que o adolescente perdeu a cabeça após a vítima dizer que o traía e que o homem com quem estava envolvida mataria ele.
“Ele disse que só tinha feito isso porque ela já tinha dito umas duas vezes que estava tendo um caso com um outro cara do bairro dela e que esse homem ia matar ele. Ele tava dormindo quando ela chegou. Ele falou, segundo ele, ‘não te quero mais’ e ela respondeu que estava traindo. Só sei até aí”, conta.
Ela relatou ainda que a vítima foi casada com o tio do menor e que eles mantinham relações durante o casamento quando o adolescente ainda tinha apenas 12 anos.
“Eu estava no trabalho e quando foi perto de 11h ela [Geisa] me ligou. Falei com ela e disse que meu esposo estava na casa e que eu tinha ido trabalhar. Quando passou uns 20 minutos, minha filha me ligou e disse que ele [filho] tinha furado a Geisa. Nem acreditei. Quando cheguei em casa ele ainda estava lá e disse que tinha conversado com ela e dito que não mais porque ela já tinha sido mulher do tio dele”, relata.
A mulher conta ainda que o filho saiu do local do crime e foi até a casa da avó onde tomou um banho e depois retornou para casa e pediu que a mãe o acompanhasse até a delegacia.
“Vim com ele na delegacia. Eu disse que ele tinha que pagar, que sabia que o que ele fez não era certo. Falei que isso não era motivo para fazer uma situação dessas. Ele respondeu que quando ela disse que tava traindo e que o cara ia matar ele acabou perdendo a cabeça e fez essa besteira”, diz.
A mãe da vítima, Alda Oliveira Aguiar Holanda, de 36 anos, afirma desconhecer o parentesco entre o adolescente e antigo marido da filha. Ela relatou que Geisa saiu de casa e avisou que retornaria antes do meio-dia. Em seguida, ela soube da notícia da morte.
“O pai da menina para mim é outro muito diferente desse que ela tava tendo um caso, eles não são familiares, que eu saiba não tem parentesco. Ele já foi preso, a polícia me informou. Ela estudava, não sei o que motivou ele a fazer isso”, lamenta.
Apesar de o adolescente ter se entregado, Alda diz que não pode afirmar que ele cometeu o crime.
“Não sei se foi ele ou se não foi, só sei que mataram ela e que foi na casa dele. Não sei se tinham envolvimento, sei que eram tipo namorados, depois ela terminou e ele ficou com raiva, pelo menos foi o que ela falou. Ela tinha uma filha de 10 meses, o pai da menina era separado dela, nunca viveram juntos, só tiveram a filha”, conta.
No local, testemunhas relataram que houve um desentendimento entre o casal. O tenente Júlio César Sampaio, que esteve no local, diz que tudo indica que foi um crime passional. Segundo ele, o Instituto Médico Legal (IML) fez a contagem das perfurações que totalizaram 13.
“Ela teria ido visitar ele de manhã e parece que houve um desentendimento. Ela falou algo e ele pegou uma faca enferrujada, dessas de cortar carne e até com o cabo quebrado e matou ela a facadas. Soubemos que ela já foi junta com o tio do garoto e tinha um relacionamento com o autor do crime. A situação era muito complicada”, finaliza.
G1