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8 suspeitos são presos por mega-assalto ligado ao PCC

Ao menos oito pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento no assalto milionário ocorrido nesta segunda-feira, 24, em Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Conforme balanço divulgado pela Polícia Federal do Paraná na manhã desta terça-feira, 25, as detenções aconteceram na região de fronteira e contaram com participação das Polícias Rodoviária Federal, Militar, Civil e Guarda Municipal de Foz do Iguaçu.

Pelo menos 30 criminosos usando armamentos de guerra participaram do ataque à empresa Prosegur, de onde foram levados US$ 40 milhões (R$ 120 milhões). O assalto é apontado como o maior da história do Paraguai. Um policial morreu no local. A principal suspeita das autoridades brasileiras e paraguaias é de que o roubo tenha sido planejado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

 Também já foram apreendidos sete veículos, dois barcos, seis fuzis — sendo um deles de calibre .050, capaz de derrubar um helicóptero — e munições. As ações da investigação serão detalhadas em coletiva de imprensa no final desta manhã, na sede da PF de Foz do Iguaçu. Desde esta segunda-feira, um gabinete de crise formado por órgãos de segurança do Brasil e do Paraguai foi montado no local.

Até a tarde passada, a PF havia divulgado a prisão de dois suspeitos que foram baleados em confronto com policiais no município de Itaipulândia, a cerca de 70 quilômetros de Foz do Iguaçu. Outros três homens da quadrilha morreram no tiroteio. Eles teriam cruzado a fronteira em direção ao Paraná e se divido em vários grupos. Veículos foram roubados e propriedades rurais foram invadidas durante a fuga.

PCC. O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lescano, disse que “tudo aponta para o PCC”. Ele ressalta que os veículos usados tinham placas do País e os atacantes fizeram diálogos fluentes em português. “Vão, vão, não olhem para trás”, diziam às testemunhas.

Em nota, o presidente Michel Temer (PMDB) lamentou o fato e colocou a Polícia Federal à disposição do Paraguai. Para o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, o PCC espalhou essa modalidade de roubo para outras quadrilhas do Brasil e da América do Sul.

“A ação foi idêntica aos roubos às empresas de transportes de valores no interior de São Paulo. Não há dúvida da participação do PCC, seja no planejamento, na execução ou no uso das armas”, disse.

No fim de 2015 e começo de 2016, o PCC roubou mais de R$ 140 milhões em ataques contra transportadoras de valores, em Campinas, Santos e Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo.

Estadão

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