Quatro homens foram indiciados por um homicídio que aconteceu dentro na Cadeia Pública de Natal – o Presídio Provisório Raimundo Nonato, no dia 14 de setembro deste ano. O caso agora está com o Ministério Público, que deverá acusá-los à Justiça pela morte de Gustavo Alves de Paula. A vítima estava presa na unidade, junto com os suspeitos e teria morrido por causa da rivalidade entre facções criminosas que atuam dentro e fora das prisões potiguares.
Foram indiciados pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) os detentos Denilson Gadelha Horácio de Souza, de 19 anos, Francisco Cleone Ribanio da Silva, 35, João Pedro Dias Soares, 20, e Marco Aurélio Souza de Lima, 26.
Logo após a morte, os companheiros de cela de Gustavo afirmaram aos investigadores que a vítima teria sofrido uma overdose e falecido no local. Os policiais encontraram na mão dele uma haste de barbeador na cor amarela, como também uma trouxinha de um pó na cor branca, que estava no interior do seu calção. Para eles, esses materiais contribuíam para a possibilidade de overdose ser confirmada.
Porém as investigações, que contaram com o apoio dos policiais de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, apontaram para outra causa de morte: homicídio provocado por agressões físicas. Através de entrevista e interrogatório, diligências e algumas informações recolhidas pelo Disque Denúncia (181), foi possível identificar a motivação do crime e os seus autores, informou a Polícia Civil.
Para a polícia, o homicídio aconteceu devido uma rivalidade entre facções criminosas. A vítima integrava, ainda de acordo com os investigadores, era de uma facção criminosa rival a dos autores do crime.
Gustavo tinha chegado à unidade no dia anterior ao crime e estava no setor de triagem, onde ficam os detentos recém encaminhados.