Velho de guerra, literalmente, o Alecrim definha em praça pública. É um colosso em história e importância para Natal, mas nossos gestores não lhe tem dado o valor que ele tem.
Como o bairro que está associado à historia do mundo – foi no Alecrim que os americanos se fixaram por ocasião da Segunda Guerra Mundial – padece em praça pública sem nenhuma intervenção?
Nesta quarta-feira (2), o Meio Dia RN esteve na histórica Praça Gentil Ferreira, que já foi o coração pulsante de Natal, por onde e para onde confluía a população da capital em tempos que não voltam mais.
Com enorme tristeza, hoje vê-se uma Gentil Ferreira, nome do engenheiro que por três vezes governou Natal, entregue, tomada pela prostituição, drogas e transações de toda sorte, tudo à luz do dia. Aonde o poder público não chega, o não constituído e originado no crime se estabalece.
O Alecrim vem sendo nos últimos tempos lembrado sempre com a mesma grandiosidade que lhe é peculiar, mas nenhuma das lembranças divulgadas pelo poder público acabam se concretizando, sendo o caso da urbanização divulgada pela prefeitura de Natal o caso mais recente.
O Largo do Paissandu está na mídia do Brasil todo como exemplo muito evidente do que acontece quando o poder público dá as costas para seus equipamentos públicos. Será preciso que uma tragédia igual à de São Paulo aconteça para alguma coisa sobre o Alecrim ser feita?
A desestruturação do bairro, a gambiarra, o jeitinho. Todos os atalhos que podiam ser implantados para facilitar a vida de comerciantes e transeuntes foram colocados no bairro. Não há compromisso com o poder paralelo sobre a manutenção da vida, como estamos vendo em São Paulo. É preciso que haja imediata intervenção pública para não corrermos o risco de repetir esse enredo.